Adeus, Bom dia.

Já é tarde, sinto uma luz a apagar-se, a minha própria sombra a desvanecer. Questiono-me se existe mais alguma coisa a fazer, antes de apagar por completo, não gosto de desperdiçar o meu tempo, é pouco e cada vez tenho menos e menos. Não recebo resposta, talvez não exista. Já não era sem tempo, existe sempre resposta para tudo. Quando somos crianças, respondemos, sem pensar duas vezes, e nem nos arrependemos de o termos feito. Depois entra-se numa fase em que se responde a tudo, mas depois ficamos a repetir a mesma resposta, procurando melhorá-la, mesmo sabendo que já não há volta a dar. Por vezes dizemos coisas que não queremos, outras vezes queremos dizê-las mas não podemos. Evitamos o pior. Mesmo sabendo que o pior vai continuar cá dentro. É assim que somos. Todos juntos somos um. Um só ser, perfeitamente imperfeito.
Agora despeço-me na imperfeição de palavras usadas: Adeus, Bom dia.